sexta-feira, 22 de outubro de 2010

AL AMMAR É O NOVO CONVIDADO

Convidamos ao sábio Al Ammar que nos ficou conhecido através do escritor Adameve El Salem, a subir ao Trono de Salomão e assumir seu lugar no Oriente.
O escritor El Salem conviveu durante muitos anos com este sábio e acompanhou-o em diversas aventuras pelo imaginário oriental, trazendo-nos maravilhosas histórias que nos fazem reviver os tempos de Sherazad e as Aventuras do Rei Baribê.
Al Ammar não importa onde esteja, receba este chamado, pois sua sabedoria traz grandes esperanças a todos os corações. Sua forma de existir atravessando as fronteiras das lendas e os limites dos sonhos, ensina-nos a recuperar o Santo Graal de nossa existência.
Sonhar é preciso, pois viver é a necessidade do sonho atravessar os tempos, as eras e as gerações.
A sabedoria de Al Ammar é um salto quântico além das brumas do nosso pensamento, pois nos conduz a um inconsciente coletivo de um tempo eterno e presente e reluz com todas as luminárias as formas que se fizeram ausentes, mas se encontram nas dunas das cortinas das lembranças escondidas atrás das janelas do encantamento.
Hoje, através de Adameve El Salem, seu maior admirador e companheiro perpétuo, vos convido Al Ammar a fazer parte do Trono de Salomão.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

SOCIEDADE APOCALÍPTICA DOS FILHOS DE D.JOÃO III

De toda esta soma de valores acumulados em nossa sociedade alicerçada em cima de um sistema, onde o lucro imediato está aquém de qualquer outro peso; onde ser esperto é mais digno do que ser humano, não poderá esperar mais nada do que as emergentes populações de miseraveis, não mais em volta, mas também no cerne das cidades. Soma-se o descaso pela educação conduzindo a uma situação de violência insuportavel. Os últimos, penúltimos e ante-penúltimos se contentam com as migalhas da mesa do fausto banquete nacional, buscando pelas famosas bolsas de salva-vidas da pobreza nacional.
Se algum gênio do século passado imaginasse um homem pesquisando as intimidades da matéria, do DNA, do cosmos, compatuando alimentos, laboratoriando embriões, direcionando gens, computadorizando micro-sistemas, comunicando-se globalmente; jamais imaginaria seres humanos se alimentando de grãos transgenizados, dedetizados, insetitrucidados; alimentos tóxicos e cancerígenos, clima de estufa, destruição do meio ambiente em benefício do capital financeiro, seres disputando com ratos, baratas e urubus, restos de lixos, flutuando com suas dores por avenidas enfeitadas com palacetes bancários, num quadro de buquê atômico de uma guerra psicológica e desumana de um capitalismo sem regras de conduta.
Multiplicaram-se as religiões numa alienação total, para um céu além maravilhoso, acima das nuvens poluidas através dos buracos de ozônio, numa montagem engenhosa do divino e maravilhoso, inundando as mentes fantasiosas humanas de ilusões extra-vivendis, enquanto o nosso mundo não passa de uma sociedade apocalíptica dos filhos de D.João III.
Mudaram o pianista, mas o velho piano do sistema continua na sala inundado de traças e o novo músico não conhece outras partituras mais brilhantes que as antigas e se debruça sobre o teclado como uma ave de rapina. Continuamos com a mesma ética de D.João III no início de nossa colonização.
Casa Grande e Senzala confirma nossa forma de ser. A senzala é imensa e multipartida pela sociedade. É a pobreza fardada de macacões pelas ruas, pelos caminhões de lixo, pelas diaristas, pelos serventes dentro de todas as repartições, atingindo também grande contingente de funcionários, quase todos terceirizados, uma forma nova de se vender escravos.
Nossos governos proclamam que crescemos, que somos pioneiros nisto e naquilo, mas não sei em que direção, se é de um desenvolvimento sadio ou de um desenvolvimento doentio, destruindo o ecossistema, que também é o próprio homem.
A televisão nos enche de imagens e de slogans e não faltam películas hilariantes para anestesiar a massa popular, atores em forma de robôs, naves varrendo constelações, duendes e fadas interestelares lutando com espadas eletromagnéticas, enquanto a bruxa anda solta.

José Luiz Teixeira do Amaral