No mês passado visitei no Centro Cultural do Banco do Brasil, no Rio de Janeiro uma Exposição sobre o Islã. Saí encantado, por três andares resplandecendo a cultura árabe e sua influência a partir da expansão muçulmana, o que tem tudo a ver conosco. Por quê? Pois em 711, o Califa Gibral Al Tarik entrou na região ibérica e iniciou assim a grande influência árabe em Portugal e Espanha. Por esta razão chamamos o estreito entre Europa e África de Estreito de Gibraltar (homenagem ao Califa Gibral Al Tarik).
Mas vamos deixar isto de lado e falar de uma outra magnífica exposição que pude visitar, denominada de Mostra Cultural, numa Escola no Bairro de São Torquato, Município de Vila Velha, pertencente à Grande Vitória, no Estado do Espírito Santo.
Esta Mostra Cultural foi além das outras que já vi. Envolvendo todos os partícipes da comunidade escolar (Diretor, Pedagogos, Coordenadores, Professores, Alunos, Funcionários de Apoio, Comunidade), conseguiu na diversidade de seus trabalhos demonstrados tecer uma unidade de fundamento histórico-cultural-social, abrangendo a interdisciplinaridade sem se perder na fluidez do inter-diálogo, mas ampliando para uma arte dialógica com a sociedade, o estado, o país, o planeta e o universo. Conduzindo para uma reflexão contextual da universalização cidadã. Reintegrando numa síntese física, biológica, psíquica, cultural, social e histórica a verdade maior do ser humano e seu destino planetário. Provando que o novo rompe como semente de idéia na alma humana, no campo multidimensional galgando a complexidade do conhecimento, elevando-se sobre a redução do saber, quando perdido nos meandros de um controle estacionário.
Percebemos também a sintonia presente da transversalidade cultural, avançando além das informações inerentes, mas caminhando para uma fluidez do desenvolvimento emergente e dinâmico do conhecimento contextual.
Isto aconteceu no sábado, dia 20/11/2010, onde a Escola Jairo Mattos movimentava-se como um organismo vivo, producente, eficaz, eficiente resplandecido nas multifaces de todos os atores e platéia, que se intercambiavam de posições, numa demonstração que o povo brasileiro é capaz de sortir cultura e conhecimento, quando o ambiente lhe é oportuno e respeituoso.
Esta Mostra ecoou em mim, como um grande grito de liberdade republicana e democrática, de independência, de aquisição de valores, de respeito à vida, ao meio ambiente e de responsabilidade com o futuro. Ela traduziu um salto sobre a falsa racionalidade científica, porque conjugou as partes dos objetos produzidos numa totalidade de objetivo, numa rima de análise e síntese.
Olhe, que tudo isto aconteceu numa região pobre, massacrada ao longo dos séculos pelo violento capitalismo brasileiro, mas que demonstrou um avanço transcendental que com certeza refletirá nas novas gerações.
Isto que é Educação de Verdade e não Educação de Discurso. Portanto, Parabéns ao DIRETOR MARCELO PEREIRA, AOS PEDAGOGOS, COORDENADORES, PROFESSORES, ELEMENTOS DE APOIO E COMUNIDADE DE SÃO TORQUATO-MUNICÍPIO DE VILA VELHA-ES.
José Luiz Teixeira do Amaral
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